Síndrome atinge atletas de alta e baixa performance
Por Elton Ribeiro
Para as pessoas que mantém um ritmo constante de treinamento, seja no ramo amador, seja no profissional, o rendimento é assistido de perto pelo praticante e a evolução sentida no próprio corpo. Quando constatado esse melhoramento, o atleta sente a necessidade de querer mais, de ir além da melhoria que seu corpo apresentou até então. É neste momento que o indesejável pode acontecer: a síndrome de overtraining.
Foto: Elton Ribeiro
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| Julio Jacopi: rotina de treinos provocou a síndrome |
O quadro clínico varia de pessoa para pessoa, de acordo com a intensidade de treinos ou até mesmo horas de descanso. "Alguns sintomas são: aceleração da frequência cardíaca, principalmente em repouso; frequência exagerada de lesões e também de infecções de vias aéreas superiores; distúrbios de sono e de humor e cansaço excessivo. Apesar da pessoa querer sempre fazer mais e mais." diz o médico.
Para o praticante de judô, Julio Jacopi, os primeiros sinais de que o corpo estava passando dos limites vieram junto com a brusca queda de rendimento. "Sentia que necessitava de mais, porém meu corpo não aguentava. A cabeça mandava que eu continuasse que conquistasse mais do que podia, o corpo não." diz. Para ele, o fato ocorreu devido à rotina intensa de trabalho somada ao alto grau de performance exigido nos treinos. "Estava em um ritmo alucinante, mal conseguia dormir direito. Mesmo assim, não deixei de exigir do meu corpo e deu no que deu." afirma.
Causa pode estar ligada a orientação física
Para o praticante de judô, Julio Jacopi, os primeiros sinais de que o corpo estava passando dos limites vieram junto com a brusca queda de rendimento. "Sentia que necessitava de mais, porém meu corpo não aguentava. A cabeça mandava que eu continuasse que conquistasse mais do que podia, o corpo não." diz. Para ele, o fato ocorreu devido à rotina intensa de trabalho somada ao alto grau de performance exigido nos treinos. "Estava em um ritmo alucinante, mal conseguia dormir direito. Mesmo assim, não deixei de exigir do meu corpo e deu no que deu." afirma.
Causa pode estar ligada a orientação física
Quando falamos de determinado atleta - amador ou não - que deseja participar de uma competição, é impossível não falarmos na busca pelo êxito nos resultados. Um treino planejado e a orientação correta para cada caso específico afastam o risco de overtraining. "Pode ocorrer o erro na preparação e no estágio de treinamento em que o atleta está. De repente, seria só uma fase de adaptação - onde você só tem que ajustar técnica - e acabou-se exigindo demais do condicionamento físico." explica o Educador Físico Ricardo Bugartti.
Essa cobrança pode ocasionar o excesso de treinamento. "O atleta está disposto a fazer quase tudo para atingir esse resultado final, que é vencer a competição. Às vezes a pessoa faz mais do que deveria, desse modo ocorre a sobrecarga do treinamento dele por subestimarem a capacidade e a fase em que ele se encontra." diz Bugartti.
No entanto, a má recuperação após a prática dos exercícios é tida como a principal vilã dos atletas com risco de entrar em overtraining. "Seja em qual estância for, desde a pessoa que treina na academia do prédio até o atleta que compete, o importante é o quanto ele consegue se recuperar depois de um estímulo. O grande "x" da questão não é o quanto você estimula a pessoa, mas é adequar esse estímulo à recuperação e alimentação. O overtraining pode pegar todo mundo, é só não passar dos seus limites”, conclui.




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